Além do Papel: O Olhar Feminino para o Mercado

Hoje, em mais uma edição especial da nossa série dedicada ao mês das mulheres, apresentamos a história inspiradora de Raissa Specian, proprietária da Papelaria Judá.

Raissa é uma mulher multifacetada que encontrou na papelaria uma paixão que a incentivou a transformar sua vida e a de sua família. Sua jornada começou de maneira simples e inesperada, vendendo sua primeira caneta na quinta série em São Luiz do Maranhão. Desde então, cada passo de sua trajetória foi marcado por determinação, criatividade e a busca constante por crescimento.

Nesta entrevista, Raissa destaca o protagonismo feminino como um impulsionador do futuro do setor, observando a tendência crescente de mulheres consumidoras e empreendedoras. Além disso, Raissa oferece conselhos valiosos para mulheres que aspiram a assumir papéis de liderança ou iniciar seus próprios negócios, enfatizando a importância do equilíbrio entre trabalho, família e autocuidado.

Para Raissa, o sucesso na vida vai além do aspecto financeiro e abraça a plenitude em todas as áreas, desde relacionamentos felizes até momentos de autodescoberta e crescimento pessoal. Sua mensagem de empoderamento ecoa através da frase: “Existe uma força e uma delicadeza inexplicável na mulher que sabe exatamente quem é.”

Inspire-se na história de Raissa, que certamente irá motivar outras mulheres a perseguir seus sonhos com determinação e paixão.

Para iniciar nossa conversa, gostaríamos que você se apresentasse e compartilhasse um pouco mais da sua trajetória profissional e de vida com a gente.   

Hoje, aos 30 anos, casada e com 3 filhos, olho para trás e sempre brinco que somos uma “papelaria improvável”. Vendi minha primeira caneta na quinta série em São Luiz do Maranhão, onde morei em 2004/2005. Um dia passeando com meus pais no shopping vi uma caneta por R$ 10,00 e me lembrei de ter visto igualzinha por R$ 2,50 no centro da cidade. Meu pai me levou no centro, comprei e vendi por R$ 5,00. Em 2012, iniciei um estágio na área de Administração numa empresa de tecnologia e estava muito feliz, mas quase ao término do contrato não havia vagas disponíveis para me efetivar e uns conhecidos estavam vendendo uma papelaria que meus pais frequentavam para comprar material escolar dos meus dois irmãos mais novos. Eu estava de férias do estágio e recebi uma ligação da minha mãe “se arruma que eu vou passar para te buscar e te levar num lugar”. Meu pai estava em um emprego onde ele viajava muito e, por isso, meus pais estavam procurando alternativas para que ele pudesse ficar mais em Campinas. Larguei meu estágio e iniciamos nesse negócio. Nossa equipe era de arrepiar (literalmente): eu, vinte anos, pouquíssima experiência profissional. Minha mãe, 40 anos, passou os últimos 20 anos cuidando de nós 3 filhos. Uma vizinha de frente, mesma idade que eu, que minha mãe entrevistou enquanto estendia roupas e que estava agora em seu primeiro emprego.

Quem é a maior influência em sua vida e porquê?

Jesus, por ter superado todas as barreiras de inteligência conhecidas na história dividindo a história do mundo em antes e depois.

Como você começou nessa área e o que te motivou a seguir esse caminho? 

Até uns 2 anos de loja eu trabalhava mais como uma funcionária, sempre ansiosa pelo horário das 18h quando fechávamos. Digo que meu clique aconteceu quando minha primeira filha ia nascer, não tinha para quem pedir um aumento a não ser eu mesma. Essa crise de consciência me fez buscar novos caminhos para mim mesma, visitando mais lojas, concorrentes ou até de outros segmentos para me inspirar. E acabei me deparando com “erros” de exposição que eu mesma cometia em meu estabelecimento e fui buscando “modelar” o que via em lojas de shopping, franquias, concorrentes, vídeos etc. Logo compramos nosso primeiro apartamento e as reformas me fizeram novamente pensar em como aumentar meu salário e, portanto, faturamento. Por isso sempre brinco: cada filho traz consigo um saquinho de dinheiro. Para oferecer o melhor a família estou sempre me propondo a ir além, sem perder o foco principal que é a qualidade de estarmos juntos. Então nem me matando de trabalhar, que não possa estar com eles, nem me acomodando que me faça achar que cheguei ao teto.

Como você vê o futuro da indústria papeleira sob a perspectiva do protagonismo feminino?  

Citação segundo Fundação Carlos Chagas: “Ao analisar o comportamento da força de trabalho feminina no Brasil nos últimos 30 anos, o que chama a atenção é o vigor e a persistência do seu crescimento. Com um acréscimo de 32 milhões de trabalhadoras entre 1976 e 2007, as mulheres desempenharam um papel muito mais relevante do que os homens no crescimento da população economicamente ativa.” De mulheres para mulheres, o futuro da papelaria criativa é feminino porque, pelo menos na minha loja e site e na da maioria das colegas de papelaria que converso, o público é mais de 85% (para não dizer 90%) mulheres consumidoras. Assim como já era habitual das mulheres decorarem suas casas para transformá-las em um lar, essa tendência delicada e feminina migra para o ambiente corporativo também com mimos nas mesas de trabalhos, canetas bonitas e com performance para as enfermeiras, materiais lúdicos para as pedagogas, elegância e estilo para arquitetas e por aí vai!

Quais conselhos você daria a outras mulheres que aspiram assumir papéis de liderança na indústria papeleira ou até mesmo serem donas do seu próprio negócio?  

Meu conselho às mulheres que querem liderar o futuro da indústria papeleira é que o céu é o limite! Sejam autênticas, criem, acreditem que seus gostos e experiências não são individuais e que com certeza alguém vai se conectar com sua essência e jeitinho de trabalhar, isso gera conexão e conexão gera vendas e mais vendas! Mas meu principal conselho: que não se esqueçam de priorizar a si mesmas e suas famílias porque seu papel de ser a mulher da sua vida é insubstituível, assim como seu papel no lar também, no caso das mães e/ou casadas. Eu mesma cometi esse erro. Coloquei minha empresa à frente do trabalho e até de mim mesma. Deu certo por um tempo, mas depois as coisas perderam o sentido e então descobri que as melhores conquistas são compartilhadas. Hoje escolhi reduzir o ritmo, sou mãe de 3, incluindo um bebezinho. Eles serão crianças por apenas 12 anos e decidi que meu sucesso profissional iria esperar! Uma decisão lá em 2022 que me gerou uma grata surpresa! Perceber que ao me alinhar ao momento do meu fluxo de vida, tudo se alinhou também e o êxito no trabalho foi naturalmente acrescentado, mesmo não sendo ali meu maior investimento de tempo. Coisas de Deus.

Para você, o que significa ter sucesso na vida? 

Prosperar e ter abundância nas diferentes áreas da vida. Não me limito só ao dinheiro, pelo contrário, isso seria a maior pobreza de todas. Me refiro a plenitude de sentir paz em todas as circunstâncias. Me refiro a um casamento feliz, filhos crescendo diante dos meus olhos, ter tempo para mim mesma e viver minha feminilidade. Mesmo que tudo isso vá oscilando entre momentos mais e menos difíceis, como as estações do ano. E finalmente, viver e também proporcionar qualidade de vida e experiências fantásticas a minha família.

Qual frase você gostaria de compartilhar para empoderar/inspirar outras mulheres? Esta frase será publicada em nossa rede social, para divulgação da matéria no Portal Papeleiros 

Existe uma força e uma delicadeza inexplicável na mulher que sabe exatamente quem é.

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