A história das papelarias familiares no Brasil é marcada por desafios, inovações e um profundo legado que atravessa gerações. Empreendedores compartilharam suas jornadas de sucessão e modernização de seus negócios, revelando como conseguiram manter a tradição enquanto se adaptavam às novas demandas do mercado.

O painel ‘‘Histórias de Papelaria: depoimentos e ensinamentos de vidas moldadas entre canetas e papéis’’, mediado por Rosângela Feitosa da Revista da Papelaria, recebeu Ângela Pereira, Nivaldo Madureira, Juliana Madureira, Rômulo Pais e Paulo Freire para compartilharem suas experiências na transformação de suas papelarias, destacando a importância de equilibrar tradição e modernidade.

Inovações que Transformam o Mercado

A modernização das papelarias não se limita apenas à gestão e disposição dos produtos. Empreendedores como Juliana e Nivaldo da Papelaria Pedagógica implementaram novas tecnologias e estratégias de e-commerce, ampliando seu alcance e otimizando as operações. Essa adaptação foi crucial para enfrentar a competitividade e manter a relevância no mercado atual.

O evento deste ano trouxe à tona histórias inspiradoras de papelarias familiares que conseguiram se adaptar e prosperar através das gerações. Ângela Pereira, proprietária da papelaria Cozas, compartilhou como a empresa, que começou com um pequeno quiosque de sorvetes, evoluiu para uma papelaria de três andares graças à visão empreendedora de seu pai e às inovações implementadas por ela. “A mudança para um novo local e a reestruturação do nome e identidade visual foram passos cruciais para nosso crescimento”, reforçou Ângela.

Paulo Freire, diretor da rede Atacadão MEC, ressaltou a importância de adaptar-se às novas realidades do mercado. “Quando comecei, percebi que muitas coisas precisavam mudar. Era essencial reorganizar a loja para aumentar a eficiência e o faturamento,” explicou. A transição não foi fácil, mas o resultado foi um crescimento significativo que levou à expansão para cinco lojas.

Rômulo Pais, da Ipanema Papéis, enfrentou o desafio de modernizar uma loja antiga. “Foi necessário fazer uma grande obra para transformar o bazar do meu avô em uma papelaria moderna. Com criatividade e planejamento, conseguimos renovar o espaço e atrair mais clientes,” conta Rômulo, destacando a importância de não se conformar e sempre buscar melhorias.

As histórias desses empreendedores mostram que, apesar dos desafios, é possível inovar e crescer sem perder a essência familiar do negócio. A combinação de tradição, inovação e um olhar atento às necessidades do mercado são ingredientes essenciais para o sucesso das papelarias familiares no Brasil.